O Homem na Relação- Homem-Mulher

 

Quando Simone de Beauvoir (1949) escreveu sobre a mulher, foi categórica ao afirmar que ela não nasce mulher, mas torna-se. Da mesma maneira, o homem não nasce homem, ele se torna homem. E a masculinidade de hoje é bem diferente da de ontem: é múltipla, sutil e indissoluvelmente ligada ao feminino.
Para Calligaris (2008) a partir dos anos 60 nossos sentimentos íntimos de ser homem ou mulher dependiam de valores que nos eram transmitidos: “alguém nos oferecera bonecas ou soldados e nos propusera futebol ou costura (...). A partir dessa década os papéis sociais de homens e mulheres vêm se aproximando, tornou-se possível sentir-se homem e cuidar de crianças, e sentir-se mulher e pensar na vida profissional ou entrar no exercito”.
De acordo com os parágrafos acima podemos abordar o tema gerador desse subtítulo, Como pensar a família hoje, sob a visão do masculino.
As relações inter pessoais nos dias de hoje merecem uma reflexão pela complexidade da mudança de papéis já descrita nesse trabalho. Sendo assim, compreender a formação de novos arranjos conjugais depende sim, da mudança de papéis.
Por tudo que já escrevemos não há como negar que a inserção da mulher no mercado de trabalho é um dos mais significantes balizadores para esse momento de mudanças nas relações.
O homem, antes provedor e culturalmente preparado para uma vida fora do lar, encontra uma mulher emancipada quer sobre o ponto de vista financeiro, sexual, acadêmico, pro criativo e não entende muito ainda que contexto é esse em que ele está inserido. Ele já não é mais “a cabeça do casal”.
Hoje o casal tem necessidades mais emergentes, como observa Perlin e Diniz (2005), mas o processo dos antigos paradigmas é lento. Assim, continuam as autoras, os casais vivem dilemas normativos que são paradoxais; adequar-se concomitantemente a modelos novos sobe a égide dos modelos antigos.
Dessa forma o casamento deixou de ser uma instituição de proteção institucional para o vínculo amoroso dando ênfase ao individualismo e na autonomia dos pares que cabe qualquer valor ou exigência de famílias de origem ou ordem religiosa. (DIAS, citado por Perlin e Diniz, 2005).
Nessas últimas décadas o casamento se constitui e se mantém influenciados por valores individuais. Os ideais contemporâneos na relação conjugam e  enfatizam mais a autonomia do casal e a satisfação de cada cônjuge do que laços de dependências entre eles.  Dessa forma volto a escrever: o homem não foi criado e não está preparado para essa nova formação familiar. Como conciliar seus preceitos antigos com o ideal da mulher pós-moderna, que vive as inquietações, as necessidades prementes do trabalho, da carreira, dos filhos, seus amigos, sua vida e exige sua individualidade.
Não há dúvida que as colisões vão existir. São profundas as transformações que esse “novo” homem precisa digerir e aprender a conviver.
O estudo presente ainda aponta um fato dos mais relevantes nesse momento da nova identidade do masculino perante a emancipação da mulher: a cobrança sexual em que ele vive. De machões a homens sensíveis. Jablonski (1995) bem define isso quando fala que “ainda há dentro do homem um dinossauro em estado de letargia, mas que pode ser despertado e explodir a mínima provocação”. Isso não tem acontecido porque tem sido necessário para a sobrevivência do homem contemporâneo se adaptar ao meio e que segundo o autor “isso tem sido bom “. Completando seu artigo ele descreve a mulher atual como trabalhadora, liberada, cônscia de seus direitos, que não aceita mais passivamente os terríveis e desrespeitosos comportamentos do homem machista que havia anteriormente.
Por outro lado, como agradar essa mulher? Como manter um relacionamento nesse mundo tão individualista? Ao homem também tem sido exigido sua participação de provedor e todas as outras funções que antes eram exclusivas da mulher, tais como: cuidar de filhos levando-os e buscando  na escola,  fazer supermercados,  tantas outras tarefas do dia-a-dia modificando seu papel na estrutura familiar. Muitos homens vêm dando conta dessas novas funções dentro de suas limitações, outros em menor número tem ocupado esse novo papel de forma surpreendente. Porém, ainda há uma grande parcela que não consegue se inserir nesse contexto criando uma imensa insatisfação do feminino e nas relações.
As múltiplas e diferentes formas de manter os novos arranjos conjugais são estilos buscados pelo feminino/masculino com a finalidade de manter “padrões mais satisfatórios e funcionais de relacionamentos amorosos, propiciando melhores condições no processo de diferenciação e desenvolvimento psicológico e emocional dos parceiros. Dinis e Feres – Carneiro (2005).
Diante dessas significativas mudanças de padrões relacionais, homens e mulheres necessitam romper com as construções antes estabelecidas deixando, dessa forma, as relações conjugais mais instáveis na busca dessa igualdade e da individualidade submetida a campos de multiplicidade contextual. Passam a sustentar, quase que totalmente, nas satisfações sexuais e emocionais, que por sua vez se tornam frágeis. Féres e Diniz (2005)
Solange / 2007

Seguidores


"Viver de verdade é o imperativo da mulher sábia"

Livros Eternos

  • Crime e Castigo- Fiódor Dostoiésvsky
  • Guerra e Paz, Lev Tolstoi, 1869
  • Ilíada e Odisséia, Homero, século VIII a.c.
  • Lolita, Vladimir Nabokov, 1955
  • O Apanhador no Campo de Centeio, J. D. Salinger, 1951
  • Orgulho e Preconceito, Jane Austen, 1813
  • Risíveis Amores- MIlan Kundera

Antroposofia

Antroposofia
Lemniscata

Florais

Florais
...a essência floral foi elaborada...

Ervas que te quero bem.

Ervas que te quero bem.
A relação das ervas com o homem vem de milênios. Os indianos já as usavam nas curas da medicina aiurvédica há mais de 5 mil anos. Alecrim, manjericão, capim-limão, camomila, hortelã, quebra -pedra, boldo, são algumas das inúmeras ervas importantes à nossa vida. Aromáticas, perfeitas ao paladar, importante para a saúde e a beleza, elas estão aí. É só aproveitar.Mais informações ckick na folhina do hortelã..