Fantasias e sabores da alma.

Mãe, quando a gente morre para onde a gente vai?Minha mãe:- Filha, quando morremos nosso coração para de bater e nossa alma vai para o céu morar com os anjos.Como sempre tive uma imaginação fértil , ainda vivendo na fase do concreto, , sendo a alma completamente abstrata transformei-a em um coração, projeção real do desconhecido. Um coração (alma) que saia do peito do morto e com suas duas asinhas voava para o céu indo morar com os anjos.Vivi durante alguns anos com essa fantasia. Intrigava-me pensar como ele saia do peito na hora da morte sem fazer buraco na pessoa que estava ali, imóvel. Era igual aos fantasmas que atravessavam parede e não se machucavam. E ainda. Como ele chegava ao céu e conversava com os anjos, se coração não tem boca? Eu crescia e essa fantasia crescia comigo.Durante o ano que “estudei” para fazer a primeira comunhão, pensei: Agora vou ficar entendendo bem sobre a morte, a alma, o céu, o inferno já a essa altura incluído nas minhas elucubrações. Pois não é que piorou tudo! A professora de catecismo entre os vários ensinamentos disse que nós, seres humanos, poderíamos escolher nossa vida por dois caminhos. Um era o certo, das coisas boas, o outro errado, das coisas ruins. O primeiro levaria a alma para o céu na hora da morte, o segundo iria direto para o inferno. Lá estava ela aparecendo novamente, a tal alma. -Só que agora havia ainda mais uma dificuldade. Eu, que até esse momento imaginara o coração todo bonitinho ultrapassando as nuvens voando rumo ao céu, tive uma enorme dificuldade de elaborar a descida para o inferno ultrapassando o chão, a terra, o assoalho.SEi lá... Nunca havia pensado sobre a alma e o inferno.Hoje, como é essa alma? Essa essência que não é matéria é subjetiva, abstrata, porém, verdadeira e real? Não tenho uma definição exata, mas tenho um sentimento concreto, pelo menos sobre a minha alma. Ela é inquieta, delicada, sensível e muito transparente, o que me torna vulnerável às intempéries da vida.Minha alma tem paladar. Tem sim. Ela saboreia, degusta e é apurada. Infelizmente nem sempre os sabores são agradáveis. Isso modifica a depender de como ela é tocada., de como eu permito que as pessoas a penetrem.Os poetas definem tão bem quando somos tocados de forma intensa, “lá no fundo da alma.”Quando a sensação é agradável, de gosto bom, fica sempre a vontade de quero mais. Isso acontece quando desfrutamos de uma conversa amiga, um conselho amoroso, uma crítica de forma construtiva, até um adeus ( difícil isso), mas de alma para alma, do jeito de saudades feliz, mesmo isso, dessa forma, não deixa gosto ruim.Porém, as palavras mal-ditas chegam à alma com o gosto amargo de decepção, tristeza e dor. Tem pra mim gosto de fel.Neste momento da minha vida tenho a alma leve, o gosto é de frutas frescas com hortelã. E você que embarcou comigo neste texto. Quais as fantasias e sabores da sua alma?

sÔ Ziccardi

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